Estava com muita vontade de fazer um post sobre a leitura já faz um tempo, minha amiga Joice do blog Umas e Outras já fez um post igual no seu blog o ano passado, quem quiser conferir http://umaseoutrasjoicy.blogspot.com.br/2011/12/minha-historia-de-leitura-qual-sua.html, mas acho que ela não vai se importar de eu copiá-la, não estou plageando, só usando o tema, que acho muito legal, é que vieram outros temas e fui adiando, depois de ver a bela matéria do meu amigo Paulo Cheng, vocês podem conferir aqui http://www.paulocheng.com/2012/06/verba-volant-scripta-manent.html#more, minha vontade aumentou, mas eu ainda adiei, veio a Bienal do Livro, e no último dia de agosto não poderia de postar sobre um tema tão importante quanto a leitura.
Eu já contei um pouco da minha história aqui, aliás eu contei muito da minha história, então vocês já sabem que eu sou a mais nova de uma família bem grande de oito irmãos, meu pai, que já faleceu, era motorista, e minha mãe, do lar, ele estudou até a quarta série, o que era o máximo para sua época, ela não pôde estudar por causa da cultura machista que imperava, então mal aprendeu a ler, e depois de adulta fez o Mobral, um plano de alfabetização para adultos.
Meus irmãos nasceram e passaram sua infância no sítio, eu fui a única que já nasci na cidade, então não fui incentivada a ler desde criança, minha mãe até comprou um livro de Monteiro Lobato quando eu era pequena, mas foi só.
Na escola eu fui obrigada a ler os clássicos, Senhora, Dom Casmurro, e alguma professora iluminada me mandou ler alguns da coleção Vagalume, li O rapto do garoto dourado, O escaravelho do diabo, A Ilha perdida e outros. Me desculpem meus amigos professores, mas o que aconteceu comigo, está acontecendo com meu filho Daniel, os professores só dão clássicos para as crianças lerem, é uma leitura linda, mas pesada para uma criança, daí se a criança não tem muita disposição é difícil para que ela desenvolva o gosto pela leitura, no meu caso, eu tive que ler aos treze anos o livro Eram os deuses astronautas, há quem goste, mas eu odiei, aquele livro assassinou meu gosto pela leitura, como eu não tinha incentivo em casa, ficou por isso mesmo.
O tempo passou, eu passei num concurso público, me acomodei, não fiz faculdade, me casei, então lia a Bíblia por ser cristã, e alguns livros cristãos, mas não havia desenvolvido o gosto pela leitura. Sou grata por ter irmãos mais velhos que são muito cultos, todos desenvolveram sozinhos o gosto pela leitura, quando se encontram, o que é raro porque estão espalhados pelo país, só alguns moram em Itanhaém, dá gosto de vê-los conversando, são muito inteligentes também, tenho muito orgulho da minha família, porque todos leêm muito.
Há uns cinco anos atrás, eu pensei que faltava algo em minha vida, eu tinha que ser igual a eles, eu tinha que gostar de ler, mas como? Eu pedi para meu irmão Idílio, ele tem uma verdadeira biblioteca na casa dele, para que ele me ajudasse nessa missão, ele me emprestou um livro que contava pequenas histórias de pessoas que escaparam da morte, eu adorei o livro, e não parei mais de ler.
Eu não sou culta como meus irmãos, nem como a maioria de vocês, o livro mais conceituado que eu li foi o do mesmo autor de o Caçador de Pipas, além desse, eu li só livro povão kkkkkkk ou de adolescente, O Monge e o Executivo, Comer, rezar, amar, A Cabana, e todos do Nicholas Sparks, eu tenho que admitir eu sou fã dele, eu li a trilogia Jogos Vorazes, além de ter lido todos os livros que eu achei sobre bipolaridade, mas o fato é que estou sempre lendo, mesmo trabalhando fora, com dois filhos pequenos, tentando postar uma vez por semana, e comentar nos blogs amigos uma vez por semana também, eu arrumo tempo para ler, acabei de ler Quando ela se foi de Harlan Corben, ainda leio livros cristãos também, agora graças minha amiga Luciana Santa Rita do blog Navegando Cotidiano, de tanto ela falar na Clarice Lispector, eu comprei e vou começar a ler no final de semana A hora da Estrela, vou entrar no Universo dos autores conceituados, já procurei, mas não achei aqui em Itanhaém Precisamos falar sobre Kevin, é um livro conceituado que quero ler também.
Acredito muito na leitura, pena que comecei tarde, mas antes tarde do que nunca! Eu incentivo meus filhos a lerem, o Fernandinho começou a ler com quatro anos e meio, e adora ler, ele pega os livros de contos infantis e fica lendo, à noite ele pede para eu contar uma história para ele dormir. O Daniel tem preguiça, mas graças a dica da Joicy, eu comprei O Diário de um banana, e ele adorou, já está lendo o segundo, que eu comprei na Bienal do Livro em São Paulo.
E você, qual é sua história com a leitura?
Eu e o Daniel na Bienal
Marcos e Daniel