Suzana era advogada, e conhecia bem a lei, sabia que não poderia maltratar seus filhos Gabriel, Giovana e Giuliano, mas sempre que algo não dava certo, quer seja no trabalho, quer seja em sua vida amorosa, ela descontava neles.
A própria Suzana havia tido uma vida sofrida, tinha sofrido abusos quando criança, depois tinha se casado com o pai das crianças que era viciado em cocaína, não durou muito o casamento, tempo apenas para que o três fossem concebidos.
Quando não estava fora de si Suzana procurava ser uma boa mãe dando carinho para as crianças, mas isso não era o suficiente, elas precisavam de alguém em que pudessem confiar, um adulto que fosse uma referência para elas.
Gabriel com 15 anos já estava sendo aliciado para as drogas, isso gerava uma angústia em Suzana, o que a deixava nervosa novamente, descontando sua ira nele, em Giovana de 12 e no pequeno Giuliano de 7 anos.
Na verdade era um circulo vicioso que Suzana caía toda vez, ela maltratava os filhos, depois pedia desculpa, depois maltratava novamente, mas a cada surra e xingamentos uma marca Suzana ia deixando em seus corações, e não era uma marca boa!
Depois de muito tempo acontecendo isso, o vizinho que morava ao lado de sua casa não se conformou com suas atitudes, chamou o Conselho Tutelar. Ao chegar na casa de Suzana, o Conselho Tutelar viu as marcas da violência nas crianças, o que foi confirmado pelas pequenas, porque o mais velho, já sabendo o que aconteceria, não falou a verdade.
O Conselho Tutelar informou a Polícia que prendeu Suzana, ela saíu sob fiança, mas perdeu a guarda de seus filhos para sua mãe, a pessoa que a Justiça escolheu.
Hoje Suzana faz tratamento para ver qual a origem de tanta raiva. Por quê maltratar os próprios filhos? Após um relatório do médico comprovando que a mesma esta apta para voltar a se relacionar com os filhos, Suzana poderá ter novamente a guarda dos mesmos, por enquanto só pode visitá-los na casa da avó.
Assim foi melhor para todos, e a justiça foi feita, porque ninguém merece ser maltratado pela própria mãe!
Esse conto era para ter sido feito a semana passada, foi comemorado o dia contra a Agressão Infantil, em homenagem a todas a crianças que são agredidas.
Lindo conto e tantas vezes, infelizmente, real! Muito bem escrito! beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirBom dia minha querida !
ResponderExcluirAmo essa pequenininha!!!!!!!!!!
Tão pequena no tamanho e tão grande nas palavras.
Seu conto merece ser exposto em todas as páginas virtuais ...
muito bem redigido...bjsssssssss
oi Luciana
ResponderExcluiré bem assim
este conto
é a realidade de todos os dias
um ciclo vicioso mesmo
e muita vezes a mãe ou o pai foram maltratados,
apanharam e
continuam a historia agora com seus filhos
triste , mas real
bjs
lu
Que triste...
ResponderExcluirUma família doente, tenho pena de todos,
inclusive da mãe.
Beijos
Deixo uma reflexão e meus parabens por ter narrado tão bem uma realidade.
ResponderExcluirToda vez que encontro uma parede
ela me entrega às suas lesmas.
Não sei se isso é uma repetição de mim ou das lesmas.
Não sei se isso é uma repetição das paredes ou de mim.
Estarei incluído nas lesmas ou nas paredes?
|Manoel de Barros - O Livro das Ignorãça|
abç
Um conto bem escrito, mas triste. Um dia a mãe estará curada e poderá ter um melhor relacionamento com os filhos.
ResponderExcluirBeijos.
Eu li pensando que era de verdade e morri de raiva dessa advogada, mas quando eu vi que era um contao me senti melhor e triste ao mesmo tempo porque abuso infantil e tao comum e essa estoria com certeza acontece em muitos lares =/
ResponderExcluirBeijinhos
Olá querida Lu!
ResponderExcluirSeu conto mostra bem a realidade de muitos lares brasileiros.
A violência domestica, seja contra as crianças ou contra as mulheres é um verdadeiro câncer da nossa sociedade, grande parte em decorrência das drogas. É preciso ser tratado.
Bem elaborado seu conto. Gostei muito.
Beijos,
Lis
Oi Luciana, é a Vi, problemas socais profundos e nos sabemos a causa, não é?
ResponderExcluirEduca a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. Provérbios 22:6
Só existe um caminho, o problema é que a maioria não quer segui-lo.
Muitos beijos,Vi
Agressões dos que só devem dar cuidados , amor e proteção deixam marcas para toda vida.
ResponderExcluirObrigada pela visita.
São de ótimos conteúdo seus blogues.
Grande abraço. Edna.
É uma doença...não sei como se cura isso.
ResponderExcluirBeijinho
Ninguém merece ser maltratado, ponto.
ResponderExcluirHá que haver respeito e tolerância.
Nas crianças o crime é maior...
Beijo
relato real e pleno de reflexão.
ResponderExcluirbeijos.
Triste realidade. Muito tocante seu texto.
ResponderExcluirBj. Célia.
Muito legal seu conto. Mostra um lado que devemos refletir. Eu não sou contra umas palmadinhas de vez em quando, mas temos que prestar atenção nos limites!
ResponderExcluirBjos,
borderline-girl.blogspot.com
Lu, gosto muito quando escreve contos porque aborda temas reais.
ResponderExcluirInfelizmente ocorre muito mais do que imaginamos o que é chamado de "identificação com o agressor", ou seja, pessoa que sofreu algum tipo de agressão, acaba, com o tempo, se tornando também uma praticante da agressão sofrida. É um círculo vicioso.
Atitude muito digna da advogada e, principalmente, do vizinho.
Quantas pessoas diante de violência doméstica não ficam omissas todos os dias, quando se pode muito bem denunciar anonimamente? É muita falta de humanidade.
Parabéns pelo conto parceira!
ResponderExcluirOlá Luciana,
E quantas mães estão por aí, descontando nos filhos as suas frustrações, não é?
Infelizmente, a violência contra as crianças ainda persiste, apesar da proteção legal. A denúncia ainda é um dos principais instrumentos de ajuda para estas crianças, que merecem estar em um lar sadio e amoroso.
Muito bom o conto e perfeito para a homenagem proposta.
Beijo.
Poxa, verdade! Quando tiver os meus filhos, pretendo criá-los a base do respeito e não do medo. Ótima crônica!!
ResponderExcluirOlá Luciana
ResponderExcluirEssa estória é a realidade de muitas famílias. Infelizmente as vezes as dificuldades da vida tornam as pessoas cruéis com aquelas que amam, e estão mais próximas.
Bjux
Belo conto Luciana, você retratou o que acontece em muitos lares do mundo todo.
ResponderExcluirParabéns querida, você está escrevendo cada vez melhor, bjs no coração.
OLá querida Luciana, boa tarde!!
ResponderExcluirDe fato, amiga, essa questão da violência dentro de casa, por pais que deveriam estar preparados para a responsabilidade de cuidar, amparar e educar a prole, está em toda a parte, pela midia, muitas vezes na vizinhança, na rua onde moramos, enfim...Fico estupefata ante o número de vezes que essas tristes ocorrências, chegam ao nosso conhecimento.
Felizmente, no teu texto, muito bem escrito, por sinal, houve justiça, e socorro às crianças. Nem sempre a realidade se apresenta assim.
Consolidou-se, então , o teu gosto pelos contos, hein amiga. Gostei de ver e de ler.
Linda tarde pra todos nós!
Bjos da LU...
Oii amiga, gostei do conto, acho que nós como vizinhos temos que denunciar sim qualquer suspeita de maus tratos, já fui vizinha de uma família que os filhos eram judiados, eu e mais algumas vizinhas fizemos a denuncia, mas antes do conselho tutelar acionar o pai, eles se mudaram do prédio, não sei p onde foram e o que ocorreu depois, mas sempre me lembro dos gritos daquelas crianças! Muito triste! Bjoooss
ResponderExcluirNossa que tristeza essa história , eu revivi fatos que aconteceram na minha infancia , mas numa oportunidade de denunciar minha mae para o conselho tutelar, preferi não fazer. e acho que foi o melhor a fazer,tenho lugares na minha cabeça que nunca mais creceram cabelo por causa das agreçoes. hoje sou casada e sou muito amiga de minhas filhas, elas até são grudadas demais comigo, e sou super protetora , não sei porque me tornei totalmente diferente dela, GRAÇAS E DEUS.
ResponderExcluirIsso acontece muito, Lu! É muito triste ser maltratado pela mãe. Seu conto está perfeito. beijos
ResponderExcluirOlá, Luciana.
ResponderExcluirBastante verdadeiro e realista o seu conto; não sei dizer porque razão, mas o consumo de drogas no país vem aumentando dia a dia, e isso se reflete em todas as faixas sociais, e as crianças mais pequenas acabam sofrendo mais por isso sem culpa alguma.
Estou sem internet e vou visitando os blogs amigos quando me é possível.
Abraço, obrigado pela visita (também estou com saudade dos virtuo-amigos) e até a próxima.
Ficou um alerta de peso, Luzinha.Conto que é mais real do que gostaríamos, mas que teve um final esperado:a justiça sendo feita.Bravo!!
ResponderExcluirUma história que reveladora e muito bem contada.
Bjos e boa semana.
Calu
Oi, Luciana!!
ResponderExcluirSeu conto é atemporal!! Acho que Suzana descontava suas frustrações nas crianças, muito triste!! A maioria dos pais que batem em filhos, fazem por esse motivo. É a mãe que briga com o marido e perde a paciência com os filhos. É o pai que é submetido no trabalho e desconta em casa. É o filho que oprimido procura consolo nas drogas. Famílias são berços de frustrações e precisam de preparo para a vida em comum. Se temos um leão enjaulado em nós. Que dirá vários leões enjaulados em casa?
Beijus,
Lu, fiquei confusa, o blog mudou. Está muito diferente. Eu tenho mais olhado, esses dias.
ResponderExcluirComo sempre gostei, do que você escreveu. Dá até para explicar o comportamento de pessoas como a Suzana. São infelizes, não gostam da vida delas e descontam em seres indefesos, neste caso, os filhos. Bom, sorte que as crianças foram salvas, por um vizinho que não foi omisso, porque as sequelas são muito fortes em pessoas que passam por este tipo de violência. A mãe é a primeira referência que temos, se ela for hostil, o mundo parecerá hostil demais, também.
Um beijão
Boa noite Lu!
ResponderExcluirVim te trazer o meu abraço pelo dia de hoje. E como é gostoso dar um abraço em alguém que a gente admira. Feliz dia do abraço!
Gracita
Oi Lú!
ResponderExcluirMenina, eu fico muito feliz em ver vc escrevendo tão bem!
Ainda me lembro da insegurança que vc tinha no começo e vejo que apostei na pessoa certa!
Seu blog está muito bom, e seus textos cada dia melhores.
Parabens!
Luciana,
ResponderExcluirprimeiramente parabéns pelo texto que está muito bem escrito.
O assunto abordado é algo que sempre me faz pensar muito.
É uma realidade retratada em suas palavras que muitas vezes acontece até bem perto de nós.
É triste pensar que, daqueles de quem deveriam receber amor e bons exemplos, muitas vezes recebe-se apenas mágoa e insegurança.
E como você disse é um círculo vicioso.
Como diz uma música que ouvi certeza vez: 'Pais que crescem sem amor, muitas vezes geram filhos sem amor...'
Ps. Amei saber que vocês vão a Buenos Aires, com certeza irão amar! A cidade é linda, e muito romântica. Aproveitem muito!
Um beijo!
http://meninamsicaeflor.blogspot.com.br/
Não há ação mais covarde do que se maltratar seres inocentes.Tem algo mais triste do que você ver em seu filho a razão de toda sua infelicidade,frustração,impotência ou sei lá o quê?Descontar toda a raiva existente dentro de si em quem não pode se defender é revoltante,lamentável.É um crime!Melhor procurar um auxílio para que se possa trabalhar da melhor forma possível toda a mágoa existente.Crianças merecem amor,somente amor.
ResponderExcluirBeijão,Lu!Dani.