terça-feira, 26 de junho de 2012

Quando as vezes é difícil conviver consigo mesmo

imagem tirada da internet

Acabei de ler a trilogia "Jogos Vorazes", são livros que na minha humilde opinião, já que esse blog não é de resenhas como o da Viviane,  maravilhosos, li cada um deles em menos de uma semana, o primeiro já foi feito um filme, mas o livro é bem melhor, como sempre.
O que me chamou a atenção  é que mesmo sendo ficção, isso ocorre na vida real constantemente, a personagem principal Katniss, depois de passar por tanta coisa inimagináveis que só numa ficção uma adolescente sairia viva. No último livro ela tem a oportunidade de acabar de uma vez por todas como o horrível Jogos Vorazes, mas não, ela não acaba, no fundo ela fica tão má quanto seus opressores, depois de tanto sofrer, ela não consegue conviver com ela mesmo, fiquei decepcionada com isso prá falar a verdade, mas como falei, isso ocorre na vida real o tempo todo.
É muito mais fácil criticar, apontar o dedo, falar mal, mas quando nos é dado a oportunidade de fazermos alguma coisa. O que fazemos? Eu não sei quanto a vocês, mas eu geralmente faço nada. Agora estamos a beira das eleições, e os políticos estão aí, os mesmos, prometendo, e nós temos o poder do voto, basta um clique, e podemos fazer a diferença.
Mas como eu falei é muito mais fácil criticar e continuar reclamando, a Katniss do livro até lutou, liderou uma revolução, era difícil não gostar dela, mesmo ela não sendo muito carismática desde o início, mas quando quis que outros passassem pelo que ela mesmo passou, mesmo sendo ficção, eu pensei. Que mesquinha! Não se preocupem o último livro tem um final feliz todo livro tem que ter. 
O que quero enfatizar é que quando não estamos bem conosco mesmo nada vai bem. Não importa o que passamos, não importa os problemas que temos, quem não tem problemas? Não importa as incertezas da vida, precisamos fazer a nossa parte, por menor que seja, e tentar não pagar o mal com o mal, veja bem que eu falei tentar, porque eu sei que é difícil.
Mas uma máxima que eu sempre falo para os meus filhos o que a gente planta a gente colhe, então por mais difícil que seja conviver consigo mesmo, os outros não tem culpa, não desconte nos outros.
Não estou falando de ficar vinte e quatro horas por dia dando risadas, apesar  de que conheci uma pessoa assim, já falei dela em outro post, mas isso é uma raridade, estou falando em procurar de alguma maneira estar bem consigo mesmo.
Nos momentos mais turbulentos da minha vida eu pedia forças a Jesus, e caminhava na praia, é maravilhoso ouvir o som das águas indo e vindo, principalmente no inverno!

Fico por aqui. Que Deus abençoe a todos!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Júlia teve uma surpresa

Olá amigos e visitantes do blog, quero esclarecer algumas coisas sobre a história de Júlia, não precisava, mas esse é meu jeito de ser, eu gosto de explicar tudo.
Eu nunca tinha escrito um conto na vida, nem tinha pretensão de escrevê-lo quando fiz o blog, era para que eu apenas escrevesse minhas experiências, mas como tive uma estranha inspiração escrevi num pique só a história de Júlia, você pode ver a primeira parte aqui http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br/2012/06/julia-foi-vencida-pelo-cansaco.html, que teve uma repercussão melhor do que eu esperava, sinceramente, então me aventurei a dar continuação, que não caiu no agrado da maioria, não o modo que escrevi, mas como conduzi a personagem Júlia, você pode ver aqui, se não viu e não quiser ficar perdido na história http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br/2012/06/julia-caiu-em-si.html, eu me diverti bastante e aprendi também com os comentários, agora estou escrevendo a parte final da "trilogia" da história de Júlia e Paulo, não sei se agradará a todos, vocês podem opinar a vontade. 
Vamos ao Conto.
                                                          imagem copiada da internet


Júlia estava olhando pela janela, enquanto uma chuva fina caia lá fora, as palavras de sua chefe nem estavam sendo absorvidas.
_ Júlia! Planeta Terra chamando!
_ Me desculpe Amanda, eu estava pensando, isso não vai acontecer novamente, eu prometo!
_ Espero que não mesmo, você está para ser promovida, e espero que sua vida pessoal não atrapalhe a profissional!
_ Não mesmo! Agora que estou me dedicando muito mais ao trabalho, você não está vendo?
_ É claro que estou, por isso te indiquei para a filial do Rio de Janeiro que está precisando de uma nova Editora, mas as vezes você parece dispersa....
_ Eu já falei, isso não acontecerá mais.
Os dias foram passando, Júlia não esquecia  de Paulo, mas procura aprofundar-se no trabalho, e quando chegava em casa distraía-se com o filho Matheus, que não perguntava muito sobre o pai, afinal ele só tinha três anos, era muito pequeno para entender tudo o que estava acontecendo, e o pai sempre procurava visitá-lo.
Paulo, por sua vez, saia com os amigos, tentou sair umas vezes com mulheres, mas não conseguia esquecer Júlia, por mais que tentasse, ele não conseguia.
Ambos decidiram se divorciar, mas fizeram um pacto de não contar a ninguém o real motivo da separação, a traição de Júlia, porque afinal não interessava a ninguém, a não ser ao casal. Quando a família e os amigos souberam, ficaram alarmados, porque eles sempre formaram um casal exemplar, mas eles procuravam não tocar muito no assunto.
A audiência do divórcio estava próxima quando Paulo recebeu uma visita inusitada em seu novo apartamento:
_ Pai! O que o senhor veio fazer aqui de tão longe?
_ E um pai não pode visitar um filho, ainda mais em um momento desses? Você pode enganar aos outros, mas a seu pai não, eu sei que você está sofrendo meu filho, eu sua mãe fomos felizes por longos trinta anos, até o câncer tirá-la de mim, tivemos problemas, todo casal tem, o casamento não é uma eterna lua de mel, mas fomos muito felizes, e tivemos você, fruto do nosso amor.
_ Se o senhor veio de longe para tentar me convencer a voltar para a Júlia, o senhor perdeu seu tempo pai.
_ Eu não vim aqui para isso, eu vim para oferecer meu ombro, você sabe que abaixo de Deus, eu sou a pessoa que mais te ama neste mundo, pois a sua mãe já não está entre nós, então me diga, o que realmente aconteceu entre você e a Júlia?
Diante da figura do seu pai, com seus cabelos brancos, Paulo não se conteve, ele deixou de lado todo machismo e se abrigou em seus braços, como fazia como menino, quando se machucava. Ele contou para o pai a verdade e pensou que o pai o apoiaria na decisão tomada por ele.
_Paulo como eu disse, você sabe que eu te amo mais do que tudo nessa vida meu filho, vou te dizer a verdade, a Júlia errou sim, e muito, deve estar doendo muito aí dentro, posso sentir sua dor. Mas vou te perguntar uma coisa, você a ama?
_ Sim pai, eu ainda a amo, mesmo depois do que ela fez.
_ Então meu filho perdoe-a, deixe eu te falar uma coisa, não fique bravo com seu pai, mas você também é culpado pela traição, espere eu acabar de falar, você só pensava no trabalho, não dava a atenção que ela como esposa precisava, mulher quer atenção meu filho, carinho, não é só dinheiro, ela precisava de mais, e você não estava lá, ela estava carente, é claro que isso não é desculpa para que ela fizesse o que fez, mas veja pelo lado bom, ela te contou, está arrependida, senão não teria contado.
_ Pai, o senhor está falando isso porque não é como senhor, o senhor perdoaria? 
_Se eu perdoaria? Eu perdoei, sua mãe fez isso também, eu superei e fomos felizes até a morte dela, nunca contamos a você porque achamos que não era necessário, até agora.
Paulo olhou para o pai muito espantado,  sua mãe, que ele tinha venerado a vida toda, também tinha traído, naquele momento parecia que o chão tinha se aberto diante dele.
Seu pai foi embora naquela mesma noite, no outro dia ele não conseguiu trabalhar, pediu uns dias de afastamento para digerir a idéia, agora ele não sabia mais em que acreditar, seus conceitos e valores tinham caído por terra.
Passado o susto, ele ligou para Júlia, ela ficou surpresa, ele a chamou para jantar, não falou sobre o que seria, mesmo assim ela ligou para a babá, colocou o melhor vestido, o melhor perfume, e ele a levou a um ótimo restaurante.
Conversaram sobre assuntos de trabalho, nada relativo a eles, finalmente Paulo tomou a iniciativa:
_Sinto sua falta Júlia e do Matheus também.
_Eu também Paulo, mas já conversamos sobre isso, você quem quis o divórcio, lembra?
_Eu sei, foi muito difícil para mim, tem sido muito difícil para mim.
_Você me trouxe até aqui para falar isso?
_Não, é claro que não, primeiramente quero dizer que você está linda, mais linda do que nunca!
_Obrigada.
_Eu quero que a gente dê mais uma chance para nós dois.
_Sabe Paulo, eu te amo muito, também não quero me divorciar de você, mas acho que depois do que eu fiz você nunca mais vai confiar em mim como confiava antes, você não acredita que foi só um deslize, e além do mais eu estou para ser promovida para a filial do Rio de Janeiro, era tudo o que eu queria, ficar perto da minha família, esta cidade só me traz lembranças ruins.
_ Ótimo! Eu também peço transferência para o Rio, e começamos uma nova vida lá, eu te perdoo Júlia de todo o meu coração, você é minha alma gêmea, eu não consigo viver nem mais um dia sem você.
Depois de um longo e apaixonado beijo ele fizeram um pacto de colocar uma pedra em cima do passado e olhar para frente. Fizeram um brinde:
_ Ao recomeço....
_ Ao recomeço....



POR FAVOR ASSISTAM AO VÍDEO!!!!



Beijos, uma ótima sexta e um ótimo fim de semana a todos!



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Júlia caiu em si

Esta é a continuação da história da  vida de Júlia, você pode ver o primeiro capítulo aqui http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br/2012/06/julia-foi-vencida-pelo-cansaco.html, como graças a Deus, a maioria gostou, estou dando continuação ao conto, espero que gostem da continuação também, ainda estou me aprimorando na escrita.
Obrigada ao amigo Felisberto Junior do blog (In)feliz pela linda homenagem em seu blog, eu realmente amei!
Vamos ao conto.


Júlia tomou um banho, foi embora para sua casa, ainda como os pensamentos atormentando sua cabeça. O que ela tinha acabado de fazer? O que ela iria fazer agora? Como ela iria enfrentar seu marido, seu filho? Não fora essa edução que tivera.
No outro dia foi trabalhar, cumprimentou Ricardo com um simples bom dia, e ele retribuiu da mesma maneira, já na hora no almoço o viu cortejando uma estagiária. Eu fui apenas uma conquista, pensou, e não falaram mais no assunto, foi apenas um "caso" para ambos.
Os dias se passaram e Júlia estava cada vez mais mal, ela tinha que contar para alguém, senão iria explodir de tanta culpa, então contou para sua melhor amiga Marina. Ela quase caiu de costas:
_ Como você pôde fazer isso Júlia? Você tem tudo que qualquer mulher gostaria de ter!
_ Obrigada Marina, agora você me deixou bem melhor!
_ Me desculpe amiga, eu sei que você está mal, mas deveria ter pensado nisso antes de ter feito essa besteira!
_ De novo Marina! Se soubesse que você iria só me dizer o óbvio nem teria te contado, é que eu precisava desabafar, senão iria explodir, e nem pensar contar para minha mãe.
_ O que você pensa em fazer agora?
_ Eu ainda não sei, quando o Paulo chegar eu vou decidir, mas estou pensando em contar para ele.
_ Não! Você está louca! Ele vai se separar de você. Você nunca ouviu dizer que o que os olhos não veem o coração não sente?
_ Eu sei, mas eu o amo, e errei, e minha consciência já está pesada sem  vê-lo, imagina quando eu tiver que encará-lo, acho que não vou conseguir, sinceramente não sei como as pessoas conseguem.
Finalmente chegou o dia em que Paulo voltou de viagem, veio todo alegre, sem saber de nada, cheio de amor para dar, com presentes para Júlia e para o filho.
Se abraçaram por um tempão, ele perguntou se estava tudo bem e ela disse que sim, depois deixaram Matheus com uma babá, saíram para jantar, dançar e comemorar seu retorno ao lar.
Ah como foi bom, sempre era bom o retorno de Paulo, Júlia ficou pensando mais uma vez porque tinha tido o deslize, porque com Ricardo era apenas atração sexual, passou no mesmo dia, mas com Paulo era diferente, eles se amavam, era muito melhor, não era só prazer, era paixão, era amor, tudo junto e unido, eles eram um, ele era o homem da vida dela.
No outro dia Júlia estava mais calada que o costume, Paulo estranhou, perguntou novamente se estava tudo bem, daí ela não se conteve começou a chorar, depois de chorar muito, começou a falar.
Paulo ficou ali parado, sem poder acreditar nas palavras de Júlia, não era a mesma mulher que ele amava, não era possível que ela tinha tido coragem de ter feito isso com ele, não ela, não, ele ficou desolado, abalado, tudo que ele acreditava estava caindo por terra.
_ Fala alguma coisa Paulo, por favor, você consegue me perdoar? Foi só uma vez, eu juro!
_ A minha vontade é de matar esse infeliz Júlia, agora mesmo! E quanto a você, eu te amo, e até te perdoo, mas dizer que o nosso casamento vai ser o mesmo, acho difícil, pois sempre esteve baseado na confiança, e eu perdi a confiança em você a partir de hoje.
Paulo fez as malas, e Júlia apenas observava, sem poder fazer nada, ela era culpada e causadora de tudo aquilo, ela tinha afundado seu casamento.
Quando Paulo estava na porta, Matheus veio se despedir e disse:
_ Papai você já vai? Você acabou de chegar!
_ É filho, o papai tem que ir agora.
_ Quando você vai voltar papai
Paulo deu um beijo e um abraço apertado no filho e disse:
_ Só Deus sabe filho, só Deus sabe!






Espero que tenham gostado. Um beijo a todos.
Um ótimo final de semana!

domingo, 10 de junho de 2012

Dia 12 de Junho - A poesia está no ar

No dia 12 de junho é comemorado no Brasil o Dia dos Namorados, e apesar de acreditar que essa data é mais uma em que os comerciante lucram, não dá para não entrar no clima. Até eu que sou casada há 17 anos gosto de sair para comemorar com o Marcos, para que a rotina boa, não se torne uma rotina ruim, além de ganhar presentes, quem não gosta de ganhar presentes? Como já estamos no "clima", quero homenagear alguns poetas e poetisas que eu conheço da Blogosfera, eles nos presenteiam com seus lindos poemas, isso é um dom que eu não tenho. Sou sincera em dizer que apreciar a poesia foi mais uma coisa boa que aprendi com vocês da blogosfera, muito obrigada! Aqui vão os trechos de poesias que escolhi na ordem em que conheci meus amigos blogueiros e seus respectivos maravilhosos blogs.


O primeiro trecho do poema  "Juntos seremos um" é do meu amigo Felisberto Junior do blog http://felisjunior.blogspot.com.br

Você que abranda os meus anseios
 E acalma minha angústia,
 Trazendo no sorriso doce
 A certeza do amanhã.
Quero e desejo a todo instante
 Envolver-me nos seus carinhos,
 Minha boca deseja seus lábios beijar
 Minhas mãos querem seu corpo tocar, 
Meus braços só querem te abraçar,
 Para juntos nos amar.

...Juntos nós dois seremos um...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Júlia foi vencida pelo cansaço


Júlia nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro, era filha do meio  de uma família de classe média baixa, tinha dois irmãos, não tinham muitas posses, mas teve uma infância feliz! Teve alguns namorados, mas nada que valesse a pena, sua meta era ser alguém da vida, alguém importante.
Terminou o colegial e prestou para Jornalismo na Universidade Federal do Paraná, era um sonho de menina, ser jornalista, quando viu o resultado, quase não acreditou, valeu o esforço tinha passado! Se despediu dos pais, foi morar numa república para realizar seu grande sonho. Logo no primeiro ano conheceu Paulo, ele era estudante de Engenharia Civil, começaram a namorar, planejavam uma vida, um futuro juntos.
Quando ambos terminaram a faculdade, mudaram-se para São Paulo, ela conseguiu emprego numa grande emissora de TV e ele numa construtora multi nacional, casaram-se, pronto, Júlia tinha conseguido o que tanto sonhara, além de ser jornalista, tinha se casado com o amor de sua vida e Paulo era atencioso, amoroso, além de ter um emprego invejável, depois de dois anos de casados veio o filho Matheus, uma criança que só acrescentou alegria e amor ao lar, agora sim não faltava nada para Júlia.
Por conta do trabalho Paulo viajava muito, estava sempre ausente, Júlia reclamava, mas Paulo dizia que estava trazendo a tão sonhada estabilidade para a família, que era preciso sacrificar os momentos com o filho, com a própria Júlia, para que o padrão de vida que eles tinham alcançado não abaixasse.
Enquanto isso no trabalho de Júlia veio da filial do Rio de Janeiro um jornalista chamado Ricardo, ele não era tão bonito, mas não era feio, assim como Júlia, ela nem o notou de início, mas ele a notou, e mais que isso a desejou, começou com pequenas frases gentis que ela apenas sorriu.
Almoçaram juntos um dia por um acaso do destino, e viram que tinham muita coisa em comum, riram juntos, comentaram sobre filmes, livros, poesia, de uma hora para outra Júlia começou a ver Ricardo com outros olhos, mas se negava a ter aqueles sentimentos, pois havia tido uma educação rígida, e, afinal ambos eram casados.
Ricardo começou avançar na conquista, e Júlia  como que enrolada em um novelo de lã, não conseguia se desenrolar,  continuava mais encantada pelo rapaz, enquanto o marido mais ausente, mesmo pensando consigo mesmo que aquilo era errado, as palavras de Ricardo ecoavam em sua mente.
Isso aconteceu por dias, semanas, ela tentou, tentou muito se livrar, mas tudo em que acreditava caiu por terra, ele sabia mesmo seduzir uma mulher. Julia foi vencida pelo cansaço, ou melhor se deixou se vencer pelo cansaço.
Marcaram um encontro, dar uma desculpa foi fácil, ele escolheu o lugar, uma bela suíte. Júlia a princípio ficou meio travada: - "O que estou fazendo aqui?" pensou ela, mas Ricardo, com suas palavras sedutoras foi quebrando todo o "gelo", colocou uma música romântica.... 
Foi como Júlia imaginou que fosse, estavam ali deitados na cama quietos, Ricardo virou para ela e perguntou:
- Te dou um milhão pelo seu pensamento!
Júlia sorriu, e não respondeu nada, mas ela tinha certeza de uma coisa, sua vida nunca mais seria a mesma!

Espero que tenham gostado é meu primeiro conto, deixem seu comentário sincero, mas peguem leve tá?!
Bjão e um ótimo feriado!


segunda-feira, 4 de junho de 2012

O bem que a terapia faz para a pessoa

Deixa eu contar minha história com a terapia, como tudo na minha vida não foi fácil. Eu não acordei num dia ensolarado e disse:  Vou fazer terapia, não, foi bem complicado aceitar que tinha que fazê-lo.
Eu estava comemorando 30 anos de vida e passeando em Foz do Iguaçu/PR, o Daniel na época tinha 3 anos e o Fernando nem existia ainda, eu era muito nervosa e impulsiva, mas não sabia porquê, além de ter sérias dificuldades para dormir, por causa de uma manha normal de criança eu "perdi a cabeça" com o Daniel, daí o Marcos que é um "santo", perdeu a paciência, ele me falou que quando voltássemos de viagem eu iria procurar ajuda, que ele não aguentava mais o meu jeito, senão........., ele não falou, mas eu entendi, a paciência dele tinha um limite, eu tinha esgotado o limite da paciência dele.
Quando voltamos, eu procurei, é claro, como todas as pessoas que são como eu era na época, uma crente super fechada para o mundo, "dona da verdade", com  super auto-estima, não procurei de pronto uma terapeuta, muito menos um psiquiatra, procurei um neurologista, soa bem melhor, ele também é especialista em problemas do sono.
Eu já tinha iniciado o tratamento com ele no ano de 2001, nós estávamos em 2003, ele me falou que eu precisava fazer terapia, como já havia falado antes, por isso eu abandonei o tratamento, eu relutei novamente, mas ele insistiu e me disse que a terapeuta estava na clínica naquele momento, me disse para conversar, só conversar com ela, eu aceitei. Nossa conversa não foi nada amistosa no início, eu estava "armada", mas ela muito experiente foi me desarmando, falando que eu realmente precisava fazer terapia para melhorar meu comportamento. Me lembro bem que disse prá ela que existem dois tipos de mulheres que fazem terapia: mulheres traídas e "dondocas", e eu não me encaixo em nenhuma delas,  daí ela me disse, tudo bem, mas do jeito que você agiu com o seu filho de três anos no impulso, se você não se tratar, você pode matá-lo, e chorar de arrependimento depois, aquilo me tocou fundo, quando fala nos meus filhos, aí me pega mesmo, eu aceitei, relutante, ainda, mas aceitei fazer terapia.
Na primeira vez ela já foi me conhecendo e me descortinando, ela me fez descobrir algo que todos sabiam, menos eu, algo que eu trazia desde a infância e que atrapalhava minha vida toda, não vou falar porque é uma coisa minha, me perdoem. Ela foi me ajudando a me conhecer, depois que ela ganhou minha confiança, ela me apresentou ao psiquiatra, infelizmente, como a maioria dos bipolares fui erroneamente diagnosticada como depressiva, daí teve uns percalços, eu fiquei mal, depois, ninguém explica porque eu fiquei bem sem remédio e sem terapia, mas sentia falta da terapia, sentia falta de compartilhar com alguém o dia a dia.
Como a Bernadete minha primeira terapeuta era de Santos, procurei outra em Itanhaém, em 2009 voltei a fazer terapia, para me ajudar, porque tinha dificuldades de relacionamento no trabalho, mas ainda não sabia que era bipolar, ela me incentivou a procurar novamente o psiquiatra que daí sim me diagnosticou certo e continuo o tratamento até hoje, por motivos particulares eu não continuei o tratamento com a Débora, mas mantenho um bom relacionamento com ela até hoje.
Não dá prá mensurar como a terapia me ajudou a me conhecer melhor e a melhorar como pessoa, com certeza vocês não iriam gostar de conhecer a outra Luciana (kkkkk), os remédios atuam no cérebro, mas a terapia atua no campo emocional, sarando todas as feridas, até aquelas que você pensa que não tem, todos os traumas.
Hoje a minha terapeuta se chama Silvia, é de Mongaguá, vou ao consultório uma vez por semana, e gosto muito, é uma hora só minha,  um dinheiro que não tenho pena de gastar. 
Vou dizer o que o terapeuta não é: ele não é seu parente, não é seu amigo, ele não te dá conselhos. Na verdade a resposta está dentro de nós, ele apenas mostra o caminho para que a gente mesmo o escolha, ele ou ela é uma pessoa imparcial, que estudou muito para estar ali ouvindo com atenção tudo o que a gente diz, e depois faz as considerações, sempre baseadas no que nós falamos, baseado naquilo que ele estudou , no meu caso a respeito da bipolaridade.
Sinceramente, independente de se ter um problema mental ou não, do jeito que o mundo está, eu aconselharia que todos fizessem terapia.
Dedico este post as três terapeutas que me ajudaram e ajudam muito Bernadete, Débora e Silvia.
Beijos a todos e uma ótima semana.