sexta-feira, 9 de março de 2012

Qual é o parâmetro de ser uma boa mãe?

      Ontem foi o dia internacional da mulher, penso que noventa por cento das mulheres ou são, ou desejam, ou serão mães. O meu caso não é diferente eu amo ser mãe, eu amo meus filhos mais do que a  mim mesmo, mas tem um porém, vocês já sabem que eu sofro de transtorno afetivo bipolar do humor, com isso acaba "sobrando" para os meus filhos que eu tanto amo, é uma coisa que só Freud explica.
      Como o transtorno é afetivo, ele se manifesta da pior maneira com as pessoas que eu tenho afeição, que é meu marido, meus filhos, minha mãe, e por aí vai, infelizmente, eu que odeio a falsidade, às vezes acabo sendo falsa com as pessoas porque aparentemente está tudo bem, quando eu acabei de rodar a baiana por nada com o Daniel, por exemplo.
      Nesses últimos dias quem acompanhou meu facebook, ou até no último post, eu falei do meu filho mais velho Daniel, ele tem onze anos e passou na Escola de Música de São Paulo, concorrendo com mais de 170 pessoas, e foi o mais jovem a passar da baixada santista, deu até matéria no jornal da cidade! Nem falei do Fernando, ele tem cinco anos, é tão meigo, já sabe nadar, e lê como uma criança de oito, começou a ler com quatro anos e meio.  
     Outro dia alguém me falou que com filhos assim, e deveria ter uns cinco (kkkkk), outra pessoa me falou que a gente tem os filhos que merece, e várias me falaram que eu sou uma ótima mãe, por isso o Daniel chegou tão rápido onde chegou, porque eu soube educá-lo.
     Sinceramente, eu fico pensando com meus botões, se eu sou tão boa mãe, imagine as outras (kkkk), porque eu tenho tantas falhas graves,  eu compartilhei isso com uma amiga blogueira a Lú Santa Rita, assim como compartilho com minha terapeuta, elas me responderam que eu sou uma boa mãe, dedicada a minha família, eu tenho esse transtorno (e jamais vou usá-lo como muleta) que me "tira fora do ar" as vezes, mas meus filhos sabem o quanto são amados.
   Qual é o parâmetro então de uma boa mãe? Eu não sei, só sei que não sou eu. Essa vitória do Daniel é um conjunto de coisas, na qual eu estou incluída. Mas eu fiquei na dúvida da visão que meu filho tinha de mim, daí indo a São Paulo com ele ontem, criei coragem e perguntei diretamente, e vocês sabem que crianças são sinceras. Ele me respondeu:" Mãe você é a melhor mãe do mundo, você só tem uma doença que te faz ficar muito nervosa à vezes, mas eu sei que você ama a gente e eu também te amo muito". Eu me segurei prá não chorar.
   Sei que não sou um parâmetro de boa mãe, mas sou apaixonada pelos meus filhos e pelo meu marido, enfim pela família que Deus me deu. Dedico este post a eles. Sem eles eu não teria                                         chegado até aqui, literalmente.



25 comentários:

  1. Que postagem mais linda, afilhada(estou gostando disso... hihihihi). Foi de emocionar.

    Acredito que nós mães erramos na tentativa de acertar. Eu tbem creio que há mulheres que deveriam jamais ser mães, o que não é o seu caso. Vc é master!!! Uma super mãe mesmo. Basta olhar para seus lindos filhos, que estão sendo bem encaminhado na vida.

    Acho que nenhuma mãe consegue ser perfeita, pois somos humanas. Mas, tentamos fazer o nosso melhor.

    Beijo grande!!

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    1. Joicy, minha querida madrinha de blogue
      Fiquei feliz com a sua visita e elogios, vindo de vc, vc sabe quanto eu a admiro não é de hoje. Eu já ganhei o dia!
      Bjão no coração.

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  2. Oi Lu,

    Desculpe-me só chegar agora por aqui, mas esse final de semana está uma barbaridade. O seu texto é lindo e você é uma boa mãe, sim. A sua família só consegui essa união em momentos delicados porque existia amor. Quando a dúvida vier, lembre o que o Daniel falou e prossiga. Entenda a doença como parte da sua personalidade e quem te ama, amará, de qualquer forma. Já ouvi várias vezes que amor ou amizade não suporta tudo, mas se for para ser, suporta e aí é tentar correr a vida. Não pense em corrigir atos do passado e nem se culpar, mas seguir na direção da vida que não pede volta em nenhum momento. Já te falei, força por aí. Deus contigo! Sua amiga Lu.

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    1. Oi Lú
      Como sempre profunda até nos comentários. Muito obrigada amiga pela força, amei a parte "Não pense em corrigir atos do passado e nem se culpar, mas seguir na direção da vida que não pede volta em nenhum momento." Vou colocar no meu face tá?
      Bjão no coração.

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  3. Lucianinha, querida!
    Agora estou saindo de viagem a trabalho, não voiu conseguir comentar..., terça-feira retorno com conexão novamente.
    Beijãooo e ótimo fim de semana!

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    1. Oi Cissa
      Valeu pelo carinho da visita. Ótimo fim de semana prá vc tbém querida. Bjão.

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  4. Luciana tenho certeza absoluta de que você é uma excelente mãe, às vezes criamos Modelos de perfeição a serem seguidos e lutamos para nos enquadrar neles, contudo esquecemos que somos naturalmente imperfeitos, limitados e sujeitos à erros que podem ser cruéis e isso minha amiga, não acontece somente com você, não se culpe por isso, acontece com cada um de nós que somos humanos, demasiadamente humanos... O teu amor de mão está claramente perceptível até no seu medo de fazer errado... Dica minha: nunca deixe que bipolaridade te faça se sentir pior ou melhor do que qualquer outra pessoa, todos nós temos os nossos problemas e eu te admiro imensamente pela coragem de falar tão abertamente do seu... Beijo grande!

    http://sublimeirrealidade.blogspot.com/2012/03/um-metodo-perigoso.html

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    1. Oi Bruno
      Vc é um fofo mesmo, com palavras tão doces... Eu realmente estou tentando não deixá-la (bibolaridade) me fazer sentir culpada muitas vezes por atitudes impensadas. Mas essa atitudes vão desaparecendo a medida que eu vou evoluindo do tratamento.
      É um prazer enorme tê-lo aqui no meu humilde espaço.
      Bjão.

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  5. Olá amada Luciana!!
    Amei te ver no meu blog!Obrigado pelo carinho!Amei!
    Estou te seguindo!!
    Lu, aprendemos com nossos erros!!
    Bom final de semana!
    Beijos no core!!

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  6. Olá Soninha
    Obrigada pela visita. O meu blog é simples, eu coloquei no ar semana passada, espero vê-la mais vezes por aqui. É como você disse, espero estar aprendendo com os meus erros, senão, prá que servem os erros?
    Bom domingo prá você. Bjão.

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  7. Oi Lu!
    Acho que nenhuma mãe é perfeita, somos seres humanos passíveis de erros, assim como nossos filhos. O que diferencia uma mãe de ser boa ou não é justamente essa reflexão do certo ou errado, do que é possível melhorar,a capacidade de transmitir o amor e de pedir perdão (porque não) quando necessário. Você está ciente das suas limitações e trabalhando nelas, e isso também é um exemplo para os seus filhos.
    Boa sorte com o blog e que ele te traga muita satisfação.
    Beijos...Elis Culceag.

    www.arquivopassional.com

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    1. Olá Elis
      Obrigada por sua visita, espero que apareça mais vezes.
      Gostei muito de suas palavras, é isso mesmo, o que diferencia uma mãe boa da ruim é a reflexão do certo e do errado, e isso eu faço toda a hora (kkkkkkk).
      Bjão.

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  8. Olá!Boa noite!
    Tudo bem?
    Penso que ser uma mãe perfeita, ninguém conseguirá!
    Pelo que descreveu, mesmo com a "bipolaridade", creio que vc dá para os seus, o q eles mais precisam, que é o amor e carinho!E também, porque está bem ciente de suas limitações, o q me leva a crer que você é uma boa mãe, sim!
    Obrigado pelo carinho da visita!
    Ah! Depois vc me confirma se fez login no Blog! Ou se nas redes sociais...não tem pressa!
    Bom domingo!
    beijos carinhosos!

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    1. Olá Felisberto
      Eu que que agradeço pelo seu carinho, como eu disse, vc é um fofinho (kkkkkk). Eu tento ser uma boa mãe, com todas a minhas limitações e são muiiiiitas.
      Bom domingo prá vc também querido!
      Bjão.

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  9. Eiiaaaaaaaaaa, estou ficando maluco pois já li este seu artigo mais cedo Luciana e só agora estou comentando.

    Mas deixa eu escrever uma coisinha aqui:
    Você bem disse no texto " Qual é o parâmetro então de uma boa mãe?" e eu lhe digo: amor e dedicação! E isso certamente você dá com sobras, tomando por base os comentários feitos pelas pessoas que estão mais próximas.

    Abraços, Flávio.
    --> Blog Telinha Critica <--

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    1. Olá Flávio ou Flavinho (como diz a Joicy)
      Olha a doida aqui sou eu einh (kkkkkk)
      Falando sério agora, muito obrigada por suas palavras. Você respondeu minha pergunta, palmas prá você. Ganhei o meu final de semana.
      Bjão.

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  10. Que post mais lindo! Que família linda, Luciana! É visível que você é uma mãe maravilhosa...amei as palavras sinceras do Daniel :) Que Deus abençoe muito a todos vocês ;)
    Beijo grande!
    Renata Stuart
    http://www.atelierdepalavras.com.br/

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  11. Obrigada Renatinha
    Que Deus te abençoe a cada dia mais também.
    Um beijão no coração.

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  12. até que enfim passei aqui né meu anjo, mas não fala para os outros blogueiros não que senão eles me matam...kkkk. Li seu post, seu texto ta bem construido e sua idéia ta bem nitida. Acredito que uma boa mãe deve no minimo,se questionar se é boa mãe ou não. quando faz esse exercicio, já se transforma no ideal de mãe. Pelo que vejo, mesmo que tenha o transtorno de bipolaridade (minha Ana também tem) sei que é esforçada e ama muito sua familia. Gostei do layout, ta bem leve para leitura, e como eu ja tinha imaginado antes, descobri que és uma boa blogueira. Bem vinda a esse mundo dos blogueiros, espero que conheça mais pessoas legais, como eu conheci no decorrer do tempo. Um beijo !

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  13. Oi Victor
    Que honra tê-lo no meu humilde blogue (kkkkkk). Falando sério, obrigada por ter me incentivado a fazê-lo, tem sido uma terapia pra mim escrever, e quero ajudar outras pessoas com esse transtorno. Quando vc me atiçou, eu não tive dúvidas quanto ao assunto. Eu sempre tento ser uma boa mãe, mas como disse a nossa amiga Elis, ninguém é perfeito, muito menos eu.
    Eu já me sentia a vontade no mundo dos blogueiros, e conheci pessoas muito legais como você, espero conhecer mais pessoas assim.
    Um beijo no coração.

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    1. Começa a fuçar nele e colocar ferramentas..não esquece do banner da blogosfera aqui. A Joyce ou o Rodrigo Ryu pode te ajudar com as configuraçoes. Abraço.

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  14. Boa tarde Luciana,
    Vim agradecer sua visita e dizer que adorei ter-te como seguidora, e claro sigo-te também.
    Olha quanto à sua dúvida de ser ou nao boa mãe, eu te digo que isso é uma dúvida que paira creio em quase todas as cabeças maternas. Eu sou uma delas, sempre acho que deveria ter amado mais, ter cuidado mais, ter colocado mais no colo (eles crescem rápido demais), devia ter educado diferente, devia ter exigido mais, e por aí afora... Mas depois penso que ninguém nasce mãe, e a gente vai aprendendo a sê-lo conforme vai amadurecendo. Hoje eu acho que teria feito tudo diferente, mas será que eu teria filhos tão maravilhosos como tenho hoje, se não tivesse errado tanto??
    Freud explica um bocado de coisa, mas não explica essa fé que temos num Deus que é poderoso para mudar nossas vidas e nos dar paz psicológica e uma família que nos é cara.
    Enfim, ninguém é perfeito, se fosse não seria humano.
    Beijokas doces e fica na paz.

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  15. Oi Marly
    Obrigada por sua visita, espero que volte sempre. Muito bom o seu comentário, me acrescentou muito assim como os dos meus amigos blogueiros. Estou amando fazer parte da blogosfera justamente por isso, é uma troca de informações, é o dar e receber.
    Creio plenamente no mesmo Deus que você crê, Ele me dá forças prá superar obstáculos que a doença me coloca, e me fortalece prá tentar ser uma boa mãe.
    Bjão. Fique na paz você também.

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  16. Oi, minha amiga querida, desculpe a demora em voltar, a correria tá grande, mas não me esqueço de vc e dos amigos que fiz na Blogosfera.
    Confesso que seu texto me emocionou. Aliás, que mãe não ficaria emocionada com essas palavras? Eu tenho a mania de olhar o Kadu dormindo (desde o primeiro dia na maternidade) e, como temos pouquíssimo contato com o pai dele, fico pensando se estou sendo uma boa mãe e "um bom pai" para meu filho. Apesar de todos os percalços que a vida de mãe tem, agradecemos a Deus por esse dom maravilhoso de gerar vida e pela sabedoria que Ele nos dá para criarmos bem o presente que Ele nos deu.
    Beijos, querida. Prometo voltar logo, viu? Fica na paz.

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    1. Oi Val
      Estava com saudades!
      Imagino como deve ser pai e mãe, eu tenho irmãs que são assim também, nossa, não sei se conseguiria, eu tenho o Marcos que é um paizão, apesar de trabalhar muito, o tempo que ele tem, ele aproveita prá estar com os meninos em tempo de qualidade.
      Foi muito bom tê-la aqui querida.
      Bjão no coração.

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